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Presidente da Corsan fala sobre impactos do novo marco do saneamento em live

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Presidente da Corsan fala sobre impactos do novo marco do saneamento em live
Presidente da Corsan fala sobre impactos do novo marco do saneamento em live

Os impactos do novo marco legal do saneamento básico sobre a Corsan foram abordados pelo diretor-presidente da Companhia, Roberto Barbuti, na noite desta quinta-feira (24). O executivo participou do Live Lide, promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais / Rio Grande do Sul. Conduzida pelo empresário Eduardo Fernandez, presidente da instituição, a live está disponível clicando aqui.

Em sua fala, o dirigente da Corsan afirmou que o tema do saneamento entrou na agenda pública de forma definitiva desde a aprovação do novo marco, no ano passado, trazendo regramentos importantes para o setor. “O que baliza o nosso planejamento é atingir a missão de prestar serviços de excelência e universalizar a coleta e o tratamento de esgoto, maior gap da Companhia atualmente. O índice atual, de 17%, precisa ser elevado a 90% até 2033, conforme as novas regras. Trata-se de compromisso vinculado à nossa licença social para operar, que passa pela sustentabilidade ambiental”, destacou, elencando outras externalidades positivas do saneamento, tais como benefícios em saúde, geração de empregos, turismo e desenvolvimento econômico e imobiliário.

De acordo com Barbuti, a média anual de investimentos da Corsan, em torno de R$ 300 milhões (com recorde de R$ 417 milhões em 2020), é insuficiente para fazer frente ao plano de investimentos da Companhia, estimado em R$ 10 bilhões, o que demanda investir cerca de R$ 1 bilhão ao ano para se atingir as metas legais de universalização. Ao dizer que as fontes públicas de financiamento se encontram inviáveis, o presidente informou que a empresa está buscando outras formas de captação de recursos, como emissão de debêntures – que já gerou R$ 600 milhões à Corsan – e um financiamento em fase final de aprovação junto à IFC, braço do Banco Mundial e referência em sustentabilidade, no valor de R$ 453 milhões, para ações de redução de perdas e eficiência energética.

O gestor salientou que, além do dinheiro, é necessário garantir a eficiência na execução. “Estamos avançando muito na área de expansão e, nesse processo, identificamos dificuldades na qualidade dos projetos e na sua interligação com questões fundiárias, de licenciamento e de operação. Tais problemas levam a atrasos, aditivos contratuais, encarecimento e não entrega das obras. O que muda com o novo marco é que há a necessidade de aditivar os contratos com os municípios, estabelecendo metas claras para as entregas e para a prestação dos serviços”, frisou, defendendo que “é preciso partir para uma nova mentalidade, focada em eficiência, meritocracia, inovação e tecnologia. É loucura imaginar que se vai atingir resultados diferentes fazendo as mesmas coisas”.

Barbuti explicou que, no planejamento do governo do Estado, está prevista, a princípio, a privatização da Corsan por meio de IPO – que deve ocorrer com uma emissão primária de cerca de R$ 1 bilhão voltada a capitalizar a empresa, seguida por uma emissão secundária, na qual o governo deixará de ser o controlador para se tornar o acionista de referência. O dirigente ressaltou que com a venda, ao não ser mais uma sociedade de economia mista, a Companhia se libertará de amarras burocráticas, como as relativas a licitações. Disse ainda que o governo está construindo projeto de lei a ser encaminhado à Assembleia Legislativa a fim de disciplinar a privatização e que, em paralelo, está sendo tratado o tema da regionalização. Nesse contexto, frisou o presidente, o pilar estratégico do governo passa por estabelecer a Corsan como esteio da política de saneamento do Estado.

Segundo o gestor, a Companhia quer manter os contratos com os 317 municípios hoje atendidos e que todos já foram oficialmente comunicados acerca dessa intenção, a ser viabilizada por meio de aditivo ao contrato vigente. “A nossa meta é aditivar os contratos antes de qualquer operação de abertura de capital, assim os titulares do saneamento, que são municípios, terão a garantia contratual de que continuaremos prestando os serviços”. Ao citar os desafios da empresa, Barbuti abordou os passivos trabalhistas e previdenciários (cerca de R$ 2 bilhões), “que comprometem a solidez e a viabilidade da Corsan e que, se não forem honrados, vão acabar sobrando para o Estado”.

O presidente analisou também o processo de abertura de capital de outras companhias de saneamento do Brasil e disse que, em meio à diversidade do país, cada local precisa buscar a sua fórmula de solucionar os déficits do setor, sempre com foco no objetivo final que é a universalização dos serviços e outras pautas como redução de perdas. O executivo apresentou ações realizadas e programadas em algumas regiões do Estado, como Metropolitana e da Serra, e salientou que está em construção um plano de segurança hídrica, com vistas a atuar de forma preditiva, fortalecer a resiliência dos sistemas e protegê-los de eventos climáticos extremos.

O tema do saneamento, conforme Barbuti, precisa ser priorizado com urgência e indignação. “Já existe um déficit grande, que avança com rapidez, por isso não há mais tempo a perder. Para se resolver um problema, é preciso primeiro admitir que ele existe. Se não evoluirmos, vamos involuir, e a empresa pode se deteriorar e virar um ônus para o Estado. Por meio de um planejamento sustentável, a Corsan tem potencial para ser uma referência nacional no saneamento e uma mola propulsora da sociedade. Temos possibilidade de expandir tecnologias, absorver outros municípios e ingressar em novos negócios. Gosto de uma frase que diz que não há nada como a força de uma ideia que encontra o seu tempo, e o tempo do saneamento chegou”, afirmou o presidente.

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